Após o hasteamento da bandeira em frente a prefeitura da cidade a banda seguiu tocando pelas ruas e foi recepcionada pelos acadêmicos da ALAG no espaço Monte Castelo. O prefeito do município Joaquim Neto e alguns secretários prestigiaram o evento. A professora Célia Soares presidente da ALAG falou da importância da banda centenária: “este patrimônio cultural e musical deve ser preservado e mesmo tendo resistido a inúmeras adversidade, está aqui revelando talentos, Adelson Pereira é uma referência que segue o legado deixado por seu pai Manoel Pereira ( Bombardino). Nós da Academia de Letras estamos apenas reconhecendo este valor imensurável da nossa cidade’’afirmou. A banda se apresenta as 16 horas deste dia 15 na praça Arão Lins num concerto especial sob o comando do Maestro Adelson, e participação do Spok Quinteto e da Big Band Conservatório Pernambucano (Maestro Duda) sob a regência do Professor Nino.
Histórico
A Sociedade Musical 15 de Novembro de Gravatá, criada oficialmente em 15 de novembro de 1894, tem suas origens num pequeno conjunto musical que abrilhantava as festividades desta comunidade nos idos de 1857, data da elevação da Capela de Sant’Ana, Padroeira de Gravatá à categoria de Matriz.
Seu nome pomposo que conserva até hoje, não se sabe ao certo ser uma alusão ao dia de sua fundação ou uma alusão à Proclamação da República Brasileira. Sabe-se, no entanto, que a sua história foi composta paralelamente à história local, marcando presença nos mais diversos eventos sócio-político-culturais ao mesmo tempo em que ia congregando no seu seio, as mais ilustres personalidades do cenário político, social e religioso da terra de Carreiro de Miranda, personalidade que deu origem a história de Gravatá.
À frente da Sociedade Musical 15 de Novembro sempre existiram e existem uma diretoria atuante e mestres que se sucedem na transmissão da arte musical, unindo esforços para superar as adversidades naturais que o tempo oferece e para manter vivos os ideais de seus fundadores que são basicamente os seguintes: 1º) socializar crianças e jovens através de sua escolinha de música que funciona na própria sede com apoio de músicos desta sociedade; 2º) preparar músicos para a renovação do efetivo da Banda 15 de Novembro; 3º) apoiar os seus músicos que buscam conquistar o seu espaço noutras organizações musicais, principalmente das Forças Armadas, que é o sonho de realização de sua grande maioria.
Mas não foi fácil para a Sociedade 15 de Novembro manter-se viva ao longo dos tempos, enfrentar crises na administração interna, conforme registros nos livros de atas de que dispomos, desde 1924, data do quarto livro que temos guardado, como uma verdadeira relíquia de sua história. E, a essas dificuldades internas, especialmente por falta de recursos para a manutenção das atividades da Banda, somavam-se no passado o descaso do poder público do Estado com as entidades culturais, até por questões organizacionais do próprio Estado no que tange ao setor, o que não era de estranhar, pois outras questões, como as relacionadas com a educação básica também eram relegadas a plano secundário.
Entretanto, apesar de todas essas dificuldades, de todas as questões históricas adversas, inclusive o desenrolar dos dois grandes conflitos mundiais, a Sociedade Musical 15 de Novembro com toda a sua fragilidade econômico-financeira, ganhou força naqueles que estiveram a sua frente e souberam manter acesa a chama dos ideais dos seus fundadores na propagação da cultura musical, e, de forma particular, em função social. Ou seja, na função de oportunizar às sucessivas gerações à formação integral de profissionais da música que se integram com louvor às diversas corporações musicais do país, e até no exterior.
É a partir desse trabalho incansável que a Sociedade Musical 15 de Novembro de Gravatá vai reverenciando os seus antepassados, no papel de dirigentes, como Manuel Firmino dos Santos, (um dos seus primeiros presidentes), entre outros. Assim também são reverenciados os seus mestres que imortalizam esta sociedade, a exemplo de Manuel Pereira da Silva, o saudoso Manuel Bombardino, que além de um legado de 50 anos de serviços desta sociedade de cultura musical, deixa seu filho Adelson Pereira da Silva para dar continuidade a sua obra.
No entanto, a sua diretoria, eleita para o biênio 2007-2009, está assim constituída:
1) Presidente do Conselho Deliberativo – José Alexandre da Silva;
2) Vice-presidente do Conselho Deliberativo – Aloísio Rios (in memoriam);
3) Presidente da Diretoria Executiva – Valter José de Oliveira;
4) Vice-presidente da Diretoria – Manoel Ivam da Silva;
5) Tesoureiro – Severino Paulo de Souza Correia;
6) Secretária – Profª. Maria de Lourdes Melo de Carvalho*;
7) Orador Oficial – Ricardo Carvalho.
Fonte : site sociedade Musical 15 Novembro.
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